Não irei iniciar um conto, mas bem que poderia ser. Quem vê as
administradoras “Brecholeiras”, que até patente possuem, Luciana da Silva,
Michele Rey, Marisa Botelho e Adriane Ramos hoje em dia orgulhosas da
ação que vem sendo realizada, não imaginam como tudo começou. O início com um
grupo de seis mulheres que se encontravam para troca de roupas na
estação de Madureira, cresceu e passou a incomodar de forma a praticamente
serem expulsas pela polícia do local. A turma então notou que era indispensável
procurar um lugar para dar continuidade em suas atividades, assim, pediram
socorro e iniciaram sua parceria com a CUFA.
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Da esquerda para direita: Michele Rey, Luciana da Silva, Marisa Botelho e Adriane Ramos (Foto: Gabriela Santana)
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Com dois anos de parceria, uma
reorganização e em outros moldes, os encontros passaram a não somente ser troca,
mas vendas nos mesmos parâmetros dos brechós. Hoje com aproximadamente cem
expositoras, os eventos acontecem todos Sábados embaixo do Viaduto Negrão de
Lima em Madureira, e contam também com quatro moderadoras: Monica Perez, Valéria Marinho, Ruth Cradoso e Suellen Silva que ajudam nos
bastidores. Ivone Salles, uma das expositoras, que já participa a quase um ano fala do
que a motivou fazer parte das Brecholeiras:
͢ "Primeiramente por que é uma roupa sustentável,
e hoje nós podemos ver que dentro do mercado a gente trabalhar com coisas
sustentáveis e bonitas também, é importante. Então como eu já trabalhava com
essas vendas, eu resolvi vir pra cá e amei quando cheguei aqui, acabei não
saindo mais, pois é muito legal. Você trabalha tanto com feminino, quanto
masculino e a diversidade é muito grande. Além disso é um campo de trabalho né,
um opcional pra gente que está sem trabalho nesse país com essa crise toda".
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Ivone Salles, uma das expositoras (Foto: Gabriela Santana) |
E por falar em sustentabilidade, segundo o Copenhagen Fashion Summit, maior evento sobre moda e sustentabilidade que existe atualmente, foram divulgados dados bem horríveis “92 milhões de toneladas de descarte têxtil foram produzidas em 2015 no mundo. É estimado que no Brasil são cerca de 170 mil toneladas de resíduos têxteis por ano.” Daí podemos ver a importância que ações sustentáveis como essas são importantes, além de claro, ser uma iniciativa de empreendedorismo social, do qual Luciana da Silva, uma das administradoras pontua:
͢ "Vem expositoras falarem pra gente que hoje tem mais dignidade de sentar na mesa e colocar o que o filho quer comer, é gratificante esse retorno".
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Uma das expositoras (Foto: Gabriela Santana) |
Veja fotos do dia 19/05 Galeria
De acordo com o IBGE a PNAD, Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal, o ano de 2017 mostrou que o
número de trabalhadores em busca de uma ocupação foi decrescente. A taxa que
marcou 13,7% de janeiro a março, caiu para 11,8% de outubro a dezembro, isso
porque a informalidade foi o principal motivo no comportamento do desemprego ao
longo do ano.
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Perspectivas entre a moda sustentável e acessível (Foto: Gabriela Santana) |
Segundo o Sebrae “Antes visto como um sinônimo de mofo, traça e naftalina, hoje o brechó tornou-se uma excelente opção de compra de roupas, bijuterias, bolsas, calçados e acessórios pessoais. O brechó dos dias atuais comercializa roupas limpas, bem conservadas, com preços acessíveis, mas ainda existe o preconceito em relação a este tipo de negócio. Compras em brechó possibilitam economia que vai até 80% em relação às lojas tradicionais.”
Em relação as Brecholeiras,
as peças que são higienizadas e possuem seu valor, têm seu preço de acordo com
o critério das expositoras. A clientela diz que é muito difícil ir e sair com
as mãos vazias “sempre encontramos algo para levar para casa né”.
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Uma das clientes que costuma frequentar o local (Foto: Gabriela Santana) |
E para você que deseja ficar bem informado, baixe o aplicativo app Brecholeiras e saiba onde estão sendo realizados os eventos, o mapa dos Stands, fotos, listas e muito mais.
É possível encontrar e montar ótimos looks por menos de R$50, veja:
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Opção de look (Foto: Gabriela Santana) |
- Vestido de Tricot amarelo por: R$25
- Bolsa de couro por: R$20
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Opção de look (Foto: Gabriela Santana) |
- Jardineira Jeans por: R$15
- Blusão por: R$5
- Gravata por R$10
- Colete por: R$10
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Lembrando: Os eventos
acontecem todos os Sábados de 9hrs às 15hrs, na CUFA, embaixo do viaduto Negrão
de Lima (Rua Francisco Batista 2, Madureira)
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Por: Kátia Gaspar
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Por: Kátia Gaspar
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